sexta-feira, julho 30, 2010

Deficientes visuais cobram melhores condições de acessibilidade no RN

Do Diário de Natal.

Dois oito candidatos ao governo do estado nas eleições deste ano, só dois - Carlos Eduardo Alves (PDT) e Iberê Ferreira de Souza (PSB) - apresentaram em sua diretrizes cadastradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), projetos que contemplem portadores de necessidades especiais. Não muito lembrada, essa parcela da população representa 14,5% dos habitantes do RN, segundo o último censo do IBGE. Somente a Paraíba tem percentual maior (17,64%). Nesse quadro, os deficientes visuais estão entre os mais prejudicados, embora as condições de acessibilidade tenham melhorado nos últimos anos.

Natal tem ônibus adaptados, rampas de acesso e calçadas rompendo as barreiras arquitetônicas. Mas as mudanças não vão além disso, disse o presidente da Sociedade dos Cegos do RN (Socern), Ronaldo Tavares. Para ele, ainda há muito o que melhorar em relação às 350.447 pessoas com problemas visuais do estado. "Se prendem muito a colocar rampas. Mas se eu estiver em uma parada sozinho não consigo pegar o ônibus".

O representante da Socern enfatiza o que com um pouco de sensibilidade qualquer um pode perceber. Os sinais de trânsito sonoros de Natal não funcionam. Sem enxergar, resta aos cegos apelarem para outros sentidos, muito embora isso não ajude no deslocamento nas ruas. As calçadas continuam desniveladas, cheias de carros, com camelôs ou mesas de restaurantes e poucas são as que têm pisos diferenciados. Ronaldo já perdeu as contas de quantos prédios públicos ele já encontrou sem elevador. Detalhes simples, mas que para os deficientes visuais fazem toda diferença.

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