segunda-feira, maio 30, 2016

'Minha convicção é que houve estupro', diz delegada da Dcav.

A Polícia Civil e o Instituto Médico Legal (IML) estão reunidos na tarde desta segunda-feira (30) para dar mais detalhes sobre a investigação do caso de suposto coletivo de uma jovem de 16 anos na Zona Oeste do Rio, no último dia 21 de maio.

"Minha convição é que houve estupro. Tanto que está no vídeo. Quero provar agora é a extensão desse estupro. Se foram cinco, dez, trinta", disse Cristiana Bento, delegada titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV). "O vídeo prova o abuso sexual, além do depoimento da vítima", afirmou.

O chefe da polícia Civil, Fernando Veloso, explicou que a investigação se debruça sobre dois momentos: o vídeo, que mostra provas e envolvimento de alguns suspeitos, e o momento anterior, do estupro coletivo denunciado, onde ainda há coleta de provas e depoimentos.

Sobre o vídeo, os suspeitos podem ser indiciados por estupro de vulnerável e produção, armazenamento e distribuição de pornografia com menores de idade, de acordo com os artigos 240 e 241A do Código Penal.

De acordo com a perita legista do Instituto Médico Legal (IML), Adriane Rego, não foi constatada violência física no exame. A perita ressaltou, no entanto, que o exame foi feito cinco dias depois do ocorrido. O inquérito corre em segredo de Justiça.

Bento explicou, porém, que o fato do exame físico não constatar lesão na vítima em investigações com vítimas que denunciam estupro não quer dizer que não houve o crime. "Nesse tipo de investigação, pode não ter acontecido lesão e haver estupro; e pode ter acontecido lesão e não ter acontecido estupro", explicou. "Se ela estava desacordada não vai ter lesão, porque ela não ofereceu resistência", acrescentou a delegada.

Veloso afirmou que o fato de que os pedidos de prisão de seis suspeitos ter acontecido nesta segunda-feira e não antes está sendo avaliado, assim como a conduta do delegado Alessandro Thiers, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, que não está mais no caso. Ele afirmou, entretanto, que pesou a experiência de Bento no trato com vítimas de violência sexual e disse que a Thiers já contribuiu com a relação. "Pessoalmente entendo que não era conveniente que o delegado Alessandro Thiers não tivesse na investigação, até para preservá-lo", diz Veloso. Ele admitiu então, que Cristiana Bento tem mais conhecimento na questão do trato com a vítima. "Mais até do que eu", afirma.

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