sexta-feira, junho 02, 2017

Percentual de pobreza entre negros é duas vezes maior que entre brancos.

Há uma concentração significativamente mais elevada da população negra entre as menores rendas no Brasil na comparação com a população não afrodescendente, revelou na terça-feira, 30, novo relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL).

Analisando dados de quatro países latino-americanos, o documento “Panorama Social da América Latina 2016” mostrou que enquanto havia 33% de negros na menor faixa de renda no Brasil, a proporção era de 16% entre os que se declaram não afrodescendentes, segundo dados de 2014.

A mesma situação é vista em outros três países latino-americanos analisados. Enquanto os negros respondiam por 34% das menores rendas no Equador, esse percentual era de 22% entre os brancos. No Peru, a proporção era de 20% e 13%, respectivamente. No Uruguai, a desigualdade chega a ser ainda maior: os negros respondiam por 50% das menores rendas, enquanto entre os não afrodescendentes essa proporção era de 27%.

A situação se reverte quando são analisadas as maiores rendas nos quatro países latino-americanos analisados. Segundo a CEPAL, no Brasil, os negros respondem por 8% do topo da pirâmide, enquanto os brancos são 24%. Tendência semelhante ocorre nos demais três países.

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