Uma injeção mensal de antirretroviral,
em vez de um comprimido por dia, pode ser suficiente para os portadores
do vírus da imunodeficiência humana (HIV) manterem a infecção sob
controle. É o que indica um estudo divulgado hoje (24) na nona edição da
Conferência de Investigação sobre o HIV, organizada pela Sociedade
Internacional contra a Aids. A informação é da EFE.
O trabalho, apresentado em Paris pelo
cientista da Universidade da Carolina do Norte (EUA) Joseph Eron, sugere
que os portadores em estado de supressão viral respondem bem às
injeções, sejam as administradas a cada quatro semanas ou as tomadas a
cada oito. Atualmente, os portadores do HIV devem tomar um comprimido
por dia para que o vírus seja indetectável e não seja transmitido, ainda
que não seja possível eliminá-lo completamente.
“Para alguns soropositivos, um
tratamento injetável de longa duração pode ser mais cômodo e menos
estigmatizante do que o atual, o que poderia aumentar a taxa de
continuidade”, defendem os autores do teste, que já foi experimentado em
centenas de pessoas.
De acordo com o vice-presidente da
conferência, Jean-François Delfraissy, a devida continuidade do
tratamento é fundamental, já que quando interrompida pode provocar
aumento da resistência do vírus aos medicamentos, o que é extremamente
preocupante.
Segundo dados divulgados na última
semana pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids),
19,5 milhões das 36,7 milhões de pessoas que têm o vírus do HIV no
mundo têm acesso ao tratamento.
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