segunda-feira, agosto 14, 2017

Custo Temer: Ajuste fiscal prejudica população para salvar presidente.

O presidente Michel Temer (PMDB) tenta a todo custo sobreviver no cargo e a nova meta do ajuste fiscal se tornou uma salvação para o peemedebista. A medida que afeta diretamente os serviços federais é, ao mesmo tempo, a alternativa encontrada pelo governo para manter o apoio do Congresso.

Temer foi acusado de corrupção passiva e é investigado por obstrução de Justiça e participação em organização criminosa. No entanto, a Câmara dos Deputados recusou a denúncia contra o presidente. Como destaca o jornalista Daniel Haidar, do El País Brasil, a sobrevivência de Temer custou mais de R$ 4 bilhões aos cofres públicos. O montante foi pago em emendas parlamentares antecipadas e mais de R$ 10 bilhões em dívidas refinanciadas em condições generosas para produtores rurais.

A medida do governo provocou rebelião na base aliada e fez com que partidos como PP, PR, PSD e outros do “centrão” passassem a cobrar ministérios, cargos e verbas para apoiar Temer contra novas denúncias e votações na Câmara dos Deputados.
 
Temer optou por ceder partes do orçamento para grandes doadores de campanha, como os ruralistas, e para interesses paroquiais de parlamentares. A estratégia do presidente destruiu o ajuste fiscal da equipe econômica do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, segundo destacou o El País. O custo para manter o peemedebista no poder se reflete agora na rodagem de juros da dívida pública em patamar mais alto do que seria esperado em condições normais de governabilidade.

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