Os protestos na Flórida e em frente à Casa Branca de alunos da escola de
Parksland, onde um jovem matou 17 pessoas e feriu 14 há uma semana,
ecoaram no governo Trump. Pela primeira vez em um ano, o presidente
falou em mudanças. Em evento em Washington, nessa terça-feira (20),
Donald Trump voltou a afirmar que é preciso mais proteção para as
crianças.
Além disso, anunciou ter assinado um documento recomendando que o
Departamento de Justiça proponha uma lei ao Congresso que proíba o uso
dos chamados bump stocks, dispositivos que permitem que fuzis semiautomáticos disparem rajadas contínuas e passem a funcionar como armas automáticas.
Hoje
(22), Trump também deve se reunir com professores e alunos para
discutir a segurança nas escolas. Ele comentou no Twitter que
republicanos e democratas devem se concentrar no fortalecimento da
verificação de antecedentes criminais. Essa é uma proposta antiga das
entidades que lutam pelo controle de armas, até então criticada pela
NRA, a associação nacional do rifle, que mantém poderoso lobby no Congresso, com doações de grandes valores em dinheiro para financiar campanhas eleitorais no país.
Nos
últimos cinco anos foram registrados cerca de 300 tiroteios dentro das
escolas norte-americanas, segundo estatísticas oficiais. Mas a pressão
por mudanças aumentou depois do massacre na escola da Flórida, ocorrido
há uma semana. Pais, alunos e professores fizeram marchas e protestos
cobrando mudanças nas regras sobre a venda de armas.
O
Departamento de Crianças e Famílias da Flórida informou que Nikolas
Cruz, acusado do massacre na escola de ensino médio, sofria de depressão
e teve diagnóstico de autismo e déficit de atenção. Mesmo assim, ele
conseguiu comprar uma arma depois de ter recebido prescrição de remédios
controlados e de ter sido considerado uma pessoa vulnerável de acordo
com o documento médico.
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