A antiga imagem de “pátria de chuteiras” e a expertise com a Copa do
Mundo de 2014 podem beneficiar os negócios do Brasil no Catar, país-sede
do próximo mundial de futebol.
Há oportunidade para empresas brasileiras prestarem serviço em área
de logística e segurança e, também, para fornecer material de construção
civil como mármore, madeira, louça sanitária, piso cerâmico.
Além disso, graças a um termo de cooperação
assinado em maio de 2010, o Brasil pode atender o Catar em um nicho de
atividades, como medicina esportiva. No próximo ano a seleção de futebol
do Catar participa como convidada da Copa América que será realizada no
Brasil.
Quem chama atenção para as oportunidades do pequeno país é o
diretor-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby. “Do
ponto de vista estratégico, o Catar é um mercado para o Brasil. Não é
tão grande como outros mercados, mas vale a pena buscar visto que há um
excedente de capital lá disponível”.
O Catar é considerado o país com maior renda per capita do mundo - US$ 144.426, segundo a revista Global Finance Magazine – e dispõe de cerca de 15% das reservas conhecidas de petróleo.
Para Alaby, a aproximação com o Catar pode atrair mais investimentos
no Brasil, “num momento que precisamos de dinheiro do exterior”. Há
capital do Catar na exploração de petróleo, na aviação civil e no
mercado financeiro no Brasil. A estatal Qatar Petroleum (QPI Brasil
Petróleo Ltda) explora blocos na camada, e há dinheiro do país árabe na
Airlines Brasil e nas operações do Banco Santader Brasil.
A corrente de comércio entre o Brasil e o Catar é baixa. Atingiu mais
de US$ 866 milhões no ano passado, apenas 0,23% do total negociado com
os 22 países da Liga de Estados Árabes.
O comércio entre os dois países é deficitário para o Brasil. Os
principais produtos exportados são alumínio, minério de ferro e carne.
Os principais produtos importados são derivados de petróleo.
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