O governo federal enviará a Roraima um reforço de 120 homens para a
Força Nacional, além de, no próximo domingo (26), 36 voluntários da área
da saúde para atendimento aos imigrantes venezuelanos, em parceria com
hospitais universitários. As medidas estão entre as ações anunciadas
hoje (19) pelo presidente Michel Temer após reunião de emergência com
ministros no Palácio da Alvorada, convocada para avaliar a situação na
fronteira do Brasil com a Venezuela.
De acordo com o Ministério da Segurança Pública, nesta segunda-feira
(20) irão 60 homens, e depois mais 60, ainda sem data definida, o que
totaliza 151 homens da Força Nacional em Pacaraima, com os 31 que já se
encontram no estado.
No sábado (18), em Pacaraima, em Roraima, moradores da cidade atacaram
barracas e abrigos dos imigrantes venezuelanos, inclusive ateando fogo,
depois que um comerciante local foi assaltado e espancado. De acordo
com as autoridades locais, não há registro de feridos entre os
venezuelanos. O comerciante brasileiro que sofreu uma tentativa de
assalto, supostamente por um grupo de venezuelanos, permanece internado
em Boa Vista, e seu estado de saúde é estável.
Após o ocorrido, cerca de 1,2 mil venezuelanos cruzaram de volta a fronteira do país com o Brasil.
Por meio de nota, a Presidência da República disse que governo
federal “está comprometido com a proteção da integridade de brasileiros e
venezuelanos”, e que o Itamaraty está em contato com as autoridades
venezuelanas. “No dia de ontem (sábado), esse diálogo serviu, também,
para que cerca de trinta brasileiros, que se encontravam em território
venezuelano, pudessem retornar em segurança ao Brasil”.
A nota diz ainda que o governo continua em condições de empregar as
Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em Roraima. Por
força de lei, tal iniciativa depende da solicitação expressa da
governadora do estado.
O governo listou uma séria de medidas que serão adotadas nos próximos
dias: intensificar esforços de interiorização dos venezuelanos para
outros estados; estabelecer abrigo de transição em Roraima, entre Boa
Vista e Pacaraima, para atendimento humanitário dos imigrantes que
aguardam o processo de interiorização, de forma a reduzir o número de
pessoas nas ruas. Uma comissão interministerial irá ao local para
avaliar medidas complementares, que se somarão às anteriores já tomadas,
diz a nota.
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