A cada semana, o Hospital Universitário de Medicina Veterinária
Professor Firmino Marsico Filho (Huvet), da Universidade Federal
Fluminense (UFF), faz até 30 cirurgias em cães e gatos, sendo que em 50%
delas, os animais têm algum tipo de câncer. Um dos mais comuns é o de
mama, segundo a professora Maria de Lourdes Gonçalves Ferreira. Para a
especialista, uma das formas de reduzir o risco de câncer de mama nos
bichos é a castração.
De acordo com a professora, estudos internacionais indicam que se o
procedimento em cadelas for feito antes do primeiro cio, a probabilidade
de desenvolvimento de tumor de mama é 0,05%. O percentual sobe para 8%
se for após o primeiro cio e para 26% antes do terceiro. “Não se anula
porque tem outros fatores para desenvolver o câncer em qualquer espécie,
mas em veterinária ele tem um componente hormonal importante. Então,
quanto menos tempo a fêmea ficar sob a ação hormonal, menor a
probabilidade de desenvolver o câncer de mama”, explicou.
Segundo a médica veterinária, não é possível dimensionar a quantidade
de animais com a doença no Brasil, porque muitos nunca passaram por um
atendimento clínico. Mesmo sem números precisos, a professora avalia que
a ocorrência é bastante frequente, principalmente, em cadelas com mais
de 8 anos de idade.
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