segunda-feira, maio 14, 2018

Patroa manteve empregada trancada e sem comer em Copacabana, diz MPF

Uma mulher foi denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) por ter mantido uma empregada doméstica presa, sem comida e em condições análogas à escravidão, em sua casa em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. Os fatos ocorreram entre dezembro de 2010 e fevereiro de 2011 e as identidades da vítima e da denunciada não foram reveladas pelo MPF.

A denunciada foi acusada de reduzir a vítima à condição análoga à escravidão, de frustrar seus direitos trabalhistas mediante fraude ou violência, e de tortura, por submetê-la, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

A vítima e a denunciada se mudaram de Brasília para o Rio de Janeiro em dezembro de 2010, e a empregada doméstica passou a residir na casa da patroa, narra a a denúncia. Uma semana depois, a empregada doméstica adoeceu e a acusada aplicou-lhe uma suspensão de cinco dias de salário.

"Além disso, como forma de castigo/punição, a denunciada privou a vítima de alimentação e de liberdade de locomoção durante sete dias, trancando a porta da cozinha que dava acesso à área de serviço", diz a denúncia do MPF-RJ. O caso demorou a chegar ao MPF porque primeiro foi erroneamente encaminhado ao Ministério Público do estado.

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