O papa Francisco está canonizando nesta manhã (14), durante a
celebração de missa solene na Praça de São Pedro, no Vaticano, Paulo VI,
D. Oscar Romero e mais cinco beatos europeus: Francisco Spinelli,
Vicente Romano, Maria Catarina Kasper, Nazária Inácia e Núncio
Sulprizio. Este último foi um operário de 19 anos que nasceu em Pescara,
na Itália e foi operário e aprendiz de ferreiro.
Francisco iniciou agradecendo aos
cardeais, bispos e sacerdotes de todo o mundo, bem como as delegações
oficiais de diversos países. “Às Delegações oficiais de muitos países,
que vieram prestar homenagem aos novos santos, que contribuíram para o
progresso espiritual e social de suas respectivas nações”, disse o sumo
pontífice.
O maior número do público é formado por devotos do Norte da Itália,
da região de Brescia e de Milão, onde Giovanni Montini exerceu o
apostolado, antes de ser eleito papa em 1963, quando assumiu o nome de
Paulo VI. A expectativa é de que uma multidão próxima de um milhão de
fiéis, somando-se as caravanas de devotos de todos os novos santos
participem da celebração. A cerimônia de canonização de São João XXIII e
de São João Paulo II, em 2014, reuniu aproximadamente 800 mil pessoas,
segundo estimativas do Vaticano.
Falecido em Castelgandolfo, aos 80 anos, em 6 de agosto de 1978, após
15 anos de pontificado, Paulo VI foi beatificado pelo papa Francisco,
com a presença do papa emérito Bento XVI, em 19 de outubro de 2014. Seu
corpo está sepultado na Basílica de São Pedro em um túmulo simples, como
pediu em seu testamento.
Paulo VI foi também um homem de diálogo. Quando era arcebispo de
Milão, aproximou-se dos trabalhadores e da Democracia Cristã, de Aldo
Moro, de quem foi amigo. Pregava a doutrina social da Igreja, base de
sua encíclica Populorum Progressio, sobre o desenvolvimento dos povos,
de 1967, e da carta apostólica Octogesima Adveniens, de 1971, no
octogésimo aniversário da Rerum Novarum, de Leão XIII. Outros documentos
importantes foram as encíclicas Sacerdotalis Caelibatus, de 1967, sobre
o celibato dos padres, e a Humanae Vitae, de 1968, sobre o uso de
métodos anticoncepcionais e aborto. Dois documentos polêmicos, porque
havia expectativa de abertura, mas Paulo VI manteve a doutrina
tradicional.
Já D. Oscar Romero foi beatificado em maio de 2015. O papa Francisco
empenhou-se pessoalmente em seu processo de canonização, que vinha sendo
mantido em banho-maria na Congregação para as Causas dos Santos durante
os pontificados de João Paulo II e de Bento XVI.
Como mártir, ele não precisaria do reconhecimento de um milagre para
ser declarado santo, mas foi apresentado um: a cura uma mulher que
sofria grave risco de morrer de parto.
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