Em um estudo sobre o novo coronavírus, pesquisadores do Instituto de
Virologia Humana da Universidade de Maryland (Estados Unidos) indicam a
possibilidade de a vacina oral contra a poliomielite, conhecida
popularmente como “gotinha”, pode oferecer uma proteção temporária
contra a covid-19. O efeito seria um dos não específicos da vacina.
O estudo foi publicado na revista científica Science, nesta
sexta-feira (12), e traz evidências de que a gotinha e a vacina para a
tuberculose, conhecida como BCG, podem dar ao organismo humano proteções
contra infecções, sendo as respiratórias uma delas – como é o caso da
covid-19.
A primeira evidência encontrada por pesquisadores que ligou a vacina
BCG ao novo coronavírus foi que os países que ofereceram amplamente a
vacina a população e fizeram campanhas de estímulo à imunização contra a
tuberculose tiveram taxas menores de infecção da covid-19.
A semelhança apontada por pesquisadores entre o novo coronavírus e o
poliovírus está no fato de que ambos microrganismos possuem uma cadeia
positiva de RNA (material genético usado para sua replicação em células
humanas). Por conta disso, os cientistas escrevem no estudo que os dois
vírus possam ser afetados pelo mecanismo das vacinas já existentes.
Se as vacinas já existentes, que podem ser produzidas em massa, se
provarem definitivamente efetivas contra o novo coronavírus em futuros
estudos, a pandemia pode estar com os dias contados. Até lá, a principal
esperança da comunidade científica está em vacinas que estão na fase
três de testes, como a Coronavac, que será testada no Brasil, e as
vacinas da farmacêutica Moderna e da Universidade de Oxford.
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