sábado, setembro 19, 2020

Disparada dos alimentos expõe distorção entre inflação real e oficial .

O recente salto no preço dos alimentos da cesta básica assustou os consumidores brasileiros e evidenciou que a inflação oficial calculada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) não reflete precisamente o peso dos reajustes no bolso dos consumidores.

Usado como o índice oficial de inflação para famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumula alta de somente 0,7% em 2020.

Ao mesmo tempo, itens essenciais para a população nacional, como óleo de soja (+18,63%), arroz (+19,25%), leite (+23%), feijão-preto (+28,92) e cebola (+50,4%) apresentam altas muito superiores às registradas pelo IPCA.

Para Reinaldo Domingos, presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), o maior erro do IPCA é não refletir os hábitos reais dos consumidores brasileiros para "proteger o sistema financeiro" e "esconder a realidade financeira" das famílias.

 "Se você olhar o cenário dos combustíveis, da energia elétrica e dos alimentos, tivemos um aumento de 80% ou 100% nos preços somente nos últimos cinco anos”, afirma ele, que também comanda o Canal Dinheiro à Vista.

 

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