Uma equipe internacional de pesquisadores
identificou a informação do genoma humano que regula a atividade dos
genes do pâncreas e conseguiu demonstrar que seu mau funcionamento está
associado ao desenvolvimento de diabetes e outras doenças do
metabolismo.
O estudo foi publicado no último número da
revista "Nature Genetics". Segundo explicou um dos autores do trabalho,
Lorenzo Pasquali, do Instituto de Pesquisas Biomédicas August Pi i
Sunyer, em Barcelona, o trabalho "ajudará a compreender, em nível
molecular, por que algumas pessoas tendem a desenvolver diabetes". No
estudo, Pasquali e Jorge Ferrer, do Imperial College, em Londres,
conseguiram identificar o conjunto de regiões reguladoras do genoma que
opera no pâncreas humano ativando todos os genes necessários para formar
o órgão. "Algo assim como o mapa genômico global
de todos os 'interruptores de luz' que acendem os genes necessários para
construir um pâncreas", explicou à Agência Efe José Luis
Gómez-Skarmeta, pesquisador do Centro Andaluz de Biologia do
Desenvolvimento (Espanha).
Todas as células do
organismo têm a mesma informação genética, os mesmos genes, mas o que
diferencia uma célula do pâncreas de uma do coração, por exemplo, é
quais genes estão "acesos" em cada tecido, e essa informação procede das
regiões reguladoras, disse Gómez Skarmeta.
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