Saúde: Exames e consultas médicas são essenciais para melhorar a qualidade de vida, mas não podem se tornar uma obsessão
Entre as promessas feitas com a chegada
de um novo ano, cuidar melhor da saúde é uma das mais comuns. Comer
alimentos nutritivos, praticar atividade física e controlar o stress são
importantes, mas a cartilha do bem-estar inclui um mandamento muitas
vezes negligenciado: o check-up.
Qualquer pessoa, em qualquer faixa
etária deve ser examinada de tempos. Esse cuidado evita o aparecimento
de moléstias e ajuda a detectar – e tratar – doenças precocemente.
Merecem atenção redobrada pacientes com fatores que predispõem
enfermidades: sedentários, obesos, tabagistas, idosos e pessoas com
histórico familiar de doenças graves.
Para Arnaldo Lichtenstein, clínico geral
do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, uma boa
avaliação médica começa com uma longa conversa no consultório. “O médico
vai fazer uma exame clínico cuidadoso, conhecer o paciente, recomendar
vacinas e, por fim, pedir exames”, afirma.
Zelar pela saúde não significa repetir
incontáveis exames todos os anos. O excesso de procedimentos sem
indicação correta podem gerar gastos e preocupação desnecessários. “O
problema disso é muitas vezes achar doenças que não existem e submeter
um paciente a procedimentos invasivos que podem ser inúteis”, afirma
Danielli Haddad, coordenadora do Centro de Acompanhamento da Saúde e
Check-up do Hospital Sírio-Libanês.
Quem precisa de check-up? — Recomendações
do governo e de entidades médicas que estipulam quais exames devem ser
prescritos para quais pessoas, e com que frequência, ajudam a nortear os
médicos. Essas diretrizes são elaboradas com base em estudos
científicos consistentes (feitos com mais de 15 000 pessoas e durante
mais de dez anos). Elas indicam os procedimentos que podem salvar a vida
de um número considerável de pacientes e os que são dispensáveis.
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