quinta-feira, março 20, 2014

Pesquisa aponta que 94% das mães postam fotos dos filhos na internet.

Apesar do constante debate público a respeito da privacidade on-line, a grande maioria dos pais cria uma vida digital para os filhos bem antes de os pequenos terem capacidade de opinar sobre o que gostariam ou não de ver publicado na internet. É comum que imagens de pimpolhos que ainda nem sequer andam ou falam — ou mesmo nem nasceram — surjam nas redes sociais em perfis de pais, tios e avós orgulhosos. Divulgada neste início de ano, a mais recente pesquisa da série Digital Diaries, realizada desde 2010 pela AVG Technologies, mostra que 94% das mães de 10 países avaliados, incluindo o Brasil, dizem já ter postado fotos de suas crianças na internet, um hábito que, se não for feito com o devido cuidado, pode deixar a segurança ou o bem-estar do filho em risco.

Segundo o diretor de Marketing da AVG Brasil, Mariano Sumrell, o foco principal do estudo é alertar para os possíveis perigos dessa exposição, cada vez mais facilitada — 59% das 6 mil mães entrevistadas possuem três ou mais dispositivos conectados à internet. “Por exemplo, quando se posta fotos da criança com o uniforme da escola, você está fornecendo dados sobre a vida pessoal dela para pessoas desconhecidas. Por isso, é muito importante sempre levar em consideração, também, as informações que vão com a imagem”, observa.

Com limites
Essas preocupações, no entanto, não significam que a única saída é optar pelo completo anonimato digital. Existem maneiras de dificultar bastante o uso indevido das fotos de pequenos na rede mundial. Verificar se na imagem há muita informação sobre a rotina da família, evitar postagens acompanhadas de frases como “Saindo de férias” e aprender a utilizar os filtros das redes sociais, que limitam as pessoas que têm acesso às fotos publicadas, são algumas medidas que favorecem a segurança.

Essa última é a principal estratégia utilizada por Aline Oliveira Hueb Castro, 26 anos, mãe de Lucca, 5, e Yasmin, 6 meses. Sempre que publica fotos das crianças em redes sociais, Aline restringe a visualização para determinadas pessoas. “Penso que, com a restrição de informações, não há perigo”, diz. Para ela, o ideal é não se tornar “paranoico” a ponto de manter o filho no ostracismo e, ao mesmo tempo, tomar cuidados que se fazem necessários para a segurança dele.

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