A Procuradoria Geral da República (PGR) deve pedir a abertura de investigação sobre o ministro Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo, no caso relacionado ao polêmico empreendimento imobiliário, em Salvador.

Inicialmente, o pedido de investigação deve se ater às pressões de Geddel Vieira Lima, um suposto tráfico de influência. A situação do presidente Temer, que diz ter tentado apenas arbitrar o conflito entre os ministros, e de Padilha ainda serão analisadas, segundo apurou o Blog.

Geddel comprou um apartamento no empreendimento, mas a obra foi embargada pelo Iphan, órgão subordinado ao ministério da cultura, em razão de estar localizado em uma área tombada como patrimônio cultural da União, sujeita a regramento especial. 

O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero afirmou que o motivo principal de sua saída da pasta, na última sexta-feira (18), foi a pressão que sofreu do titular da Secretaria de Governo para liberar a construção do prédio. Após deixar a Esplanada dos Ministérios, Calero deu uma entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo" denunciando o caso.

Em depoimento à Polícia Federal na última quarta-feira (23), Calero afirmou que o presidente Michel Temer o "enquadrou" para que ele enviasse o processo sobre o condomínio da capital baiana para a Advocacia-Geral da União (AGU).


Ele relatou ainda aos policiais que o presidente lhe disse que "a política tinha dessas coisas, esse tipo de pressão". Calero também contou que recebeu ligações do ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, sobre o tema.

O depoimento do ex-ministro da Cultura à PF foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o encaminhou para a análise da PGR.
Via g1.