quarta-feira, outubro 26, 2016

Sindicatos criticam recomendação de demissões e cobram cortes do MP.

A recomendação do Ministério Público do Rio Grande do Norte área que o Governo do Estado apresente um plano de contenção de gastos, incluindo a possibilidade de demissão e até 15 mil servidores foi duramente criticada por sindicatos do funcionalismo estadual, que questionam o fato do órgão não propor sacrifícios de servidores da sua esfera.

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Paulo César, o maior inchaço da folha se concentra em privilégios concedidos a membros dos demais Poderes. Segundo ele, a remuneração de um promotor público, incluindo seus auxílios e vantagens equivalem a praticamente a remuneração de 10 a 15 agentes da polícia civil.

“Além do mais estamos com um déficit de 70% do quadro de pessoal que seria ideal. Só temos 190 delegados, quando o ideal seria 350; 210 escrivães para uma realidade que seriam necessários 800 e 1201 agentes quando precisaríamos de 4.000, então uma recomendação com essa é totalmente fora da realidade”, explicou Paulo César.

Ainda segundo o dirigente do Sinpol, “antes do Ministério Público vir cobrar o Executivo, deveria dar o exemplo cortando na própria carne”, afirmou.

Segundo Pedro Lopes, presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais (Sindfern) e membro do Fórum de Servidores Estaduais, a possibilidade de demissão de servidores ao invés de solução, traria problemas econômicos e sociais.

“A maioria dos servidores já tem mais de 20 anos de carreira, além do problema social de demissão de 15 mil servidores, traria problema de ordem econômica com a elevação do desemprego de milhares de famílias, somos totalmente contrários”, destacou ele apontando as soluções apresentadas na carta entregue ao governador com a devolução de cerca de R$ 400 milhões repassados de forma irregular aos demais Poderes.

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