Pesquisadores brasileiros, dos EUA e da Rússia, identificaram uma mutação que transforma leopardos na pantera-negra. Alexsandra Schneider e Eduardo Eizirik, ambos da PUC-RS, também identificaram a alteração genética responsável por produzir a versão negra do gato-dourado-asiático. De acordo com o estudo, publicado na revista científica PLoS ONE, a questão agora é entender o papel evolutivo da mutação, já que as mutações causadoras de demais espécies ainda não foram identificadas.
A ocorrência de melanismo é documentado em 13 espécies de felinos, em alguns casos atingindo altas frequências. Há dois jeitos principais de criar um felino negro, ambos envolvendo um receptor, ou fechadura química, conhecida como MC1R. É nessa fechadura que se encaixam as moléculas de um hormônio que estimula a produção da eumelanina, o pigmento da cor escura. O novo estudo mostrou que o DNA dos gatões tinha uma alteração de uma única "letra" química no gene que contém a receita para a produção da ASIP. Essa letrinha trocada é suficiente para atrapalhar a fabricação da proteína e inutilizá-la.
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