Como antídoto aos escândalos de corrupção no futebol, o Palácio do
Planalto aposta na aprovação pelo Congresso Nacional de medida
provisória que abre caminho para uma gestão mais transparente e
democrática para os clubes e que, na avaliação de auxiliares da
presidente Dilma Rousseff, pode marcar uma nova era para o esporte
brasileiro.
Na avaliação palaciana, o escândalo que levou à prisão do
ex-presidente da CBF José Maria Marin e de outros dirigentes da Fifa
enfraqueceu não só a entidade e a Fifa como também a bancada da bola,
mais refratária às mudanças na legislação, no Congresso. O governo
acredita que o atual cenário favorece o esvaziamento da CBF, que seria
forçada a aceitar as mudanças propostas pela MP do futebol e até deixar
de ser responsável pelo Campeonato Brasileiro.
Dilma encaminhou em março uma medida provisória que institui o
Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do
Futebol Brasileiro e permite o refinanciamento da dívida dos clubes com a
União – em contrapartida, exige que os clubes cumpram regras de
governança e de responsabilidade fiscal e trabalhista.
Os clubes terão, por exemplo, que fixar um período do mandato de
presidente e dirigentes, permitindo uma única recondução. Atletas terão
direito a votos em órgãos colegiados dos clubes. A MP prevê ainda a
criação da Autoridade Pública de Governança do Futebol, que fiscalizará a
implantação das medidas.
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