quarta-feira, março 25, 2015

DILMA FOI ALERTADA DO RISCO DE DERROTA; MESMO ASSIM, VOTAÇÃO SURPREENDEU.


A presidente Dilma Rousseff foi alertada por alguns ministros de que correria o risco de sofrer uma derrota esmagadora no Congresso caso mantivesse sem regulamentação a lei da renegociação das dívidas de estados e municípios.

Mesmo assim, o Palácio do Planalto foi pego de surpresa com o acordo fechado entre os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, ambos do PMDB, que possibilitou a aprovação na noite nesta terça, por 389 votos a favor e duas abstenções, do projeto que permite a aplicação imediata da lei da renegociação das dívidas de estados e municípios sem necessidade de regulamentação – o texto ainda terá de passar pelo Senado.

Nas palavras de um auxiliar direto da presidente Dilma, o governo deveria ter evitado essa derrota e ter mantido o acordo que permitiu a aprovação da lei no final do ano passado.

Isso porque estados e municípios enfrentam uma situação crítica. É o caso da cidade de São Paulo, do petista Fernando Haddad, e do governo de Alagoas, comandado pelo governador Renan Filho (PMDB), filho do presidente do Senado.

“O que está em jogo é um compromisso assumido pelo governo com os aliados. Não dava para ter recuado. Foi por isso essa derrota”, reconheceu ao Blog um ministro.

De forma reservada, auxiliares palacianos também consideraram um erro a presidente Dilma Rousseff ter afirmado pouco antes da votação que o governo federal não tem “espaço fiscal” para trocar o indexador das dívidas dos Estados e municípios com a União neste momento, mas que poderá resolver a questão quando a situação econômica do país melhorar.
 
“Com isso, a derrota do governo foi ainda maior, já que uniu toda a base aliada com a oposição, fragilizando a posição do ajuste fiscal. Não precisava ninguém ter verbalizado isso. Houve erro de condução”, disse um auxiliar. Via g1.

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