A ex-presidente Dilma Rousseff denunciou através de uma nota publicada
em seu site e nas redes sociais que o país vive um "estado de exceção" e
condenou uma ação policial realizada ontem em uma escola do Movimento
Sem Terra (MST).
No texto, Dilma disse que é "assustador que o retrocesso que vem
ocorrendo no Brasil, iniciado com o golpe", como classifica o julgamento
político que causou sua cassação por supostas irregularidades.
Ela se referia a uma operação que a Polícia Civil realizou nesta
sexta-feira na Escola Nacional Florestan Fernandes, no município de
Guararema, em São Paulo, onde policiais foram para cumprir mandado de
prisão por crimes como furto e dano qualificado, roubo, invasão de
propriedade e incêndio criminoso.
"A invasão da Escola Nacional Florestan Fernandes, ligada ao MST, é um
precedente grave. Não há porque admitir ações policiais repressivas que
resultem em tiros e ameaças letais, ainda mais em uma escola", escreveu.
Para a ex-presidente, é inaceitável criminalizar o MST e não se pode
"conviver com cenas em que policiais submetem estudantes a algemas e ao
cárcere. Isso é inadmissível em uma democracia".
No comunicado, Dilma pediu que os brasileiros combatessem a "adoção de claras medidas de exceção".
"É uma ameaça à democracia que envergonha o país aos olhos do mundo", finalizou.
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