terça-feira, fevereiro 21, 2017

O dia de Alexandre Morais.

O advogado Alexandre de Moraes tem cumprido à risca sua lição de casa – seja ela política ou técnica. Nas duas últimas semanas, o ministro da Justiça licenciado, indicado pelo presidente Michel Temer para uma vaga no Supremo Tribunal Federal, levou a cabo um intenso beija-mão na visita a gabinetes de influentes senadores, estudou as sabatinas dos últimos nomeados no cargo e até se aproveitou do fato de ainda ser um servidor público do alto escalão para ter a estrutura de comunicação de um ministério à disposição da campanha que deve referendá-lo na mais alta corte brasileira nos próximos 26 anos.

Na manhã desta terça-feira ele será interrogado pelos parlamentares na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), um colegiado formado por 54 senadores (metade deles suplentes), 18 deles citados na Operação Lava Jato e, dentre esses últimos, dez com investigações abertas no Supremo.

A escolha do ministro do STF pelo Senado talvez seja a única ocasião no Brasil em que eventuais réus podem definir quem será um de seus julgadores potenciais _por causa do foro privilegiado, os parlamentares e ocupantes de alto escalão só podem ser julgados pelo Supremo. “Não há na comissão nenhum membro que tenha sido condenado. A condenação causa problemas, a fase de investigação não quer dizer muita coisa”, afirmou o presidente da CCJ, Edison Lobão (PMDB-MA), um dos investigados na Lava Jato.

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