segunda-feira, maio 22, 2017

Acidente de trânsito é tema de debate no Diálogo Brasil desta segunda-feira.

O Brasil não deverá cumprir a meta da Organização das Nações Unidas (ONU) de reduzir à metade o número de acidentes no trânsito até 2020. No Diálogo Brasil desta segunda-feira (22), que vai ao ar às 22h na TV Brasil, o coordenador-geral de Educação do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Francisco Garonce, admite que o país conseguiu redução significativa nos últimos três anos, mas que “a missão não é fácil” e a meta não será atingida no prazo.

Um dos campeões mundiais em mortes causadas por acidentes nas estradas e vias urbanas, o Brasil perde, em média, 22 vidas por ano a cada grupo de 100 mil habitantes. Na Suécia, que tem o índice mais baixo do planeta, são duas mortes anuais por 100 mil habitantes. A “Década de Ação para a Segurança no Trânsito”, lançada pela ONU em 2010, pretendia poupar 5 milhões de vidas em todo o planeta.

Para o engenheiro civil e professor aposentado da Universidade de Brasília (UnB) Dickran Berberian, que também participa do programa, “é preciso reinventar a vergonha neste país”. E, para isso, “é preciso, lamentavelmente, punir mais”. Questões como o uso do celular ao volante, a ingestão de bebidas alcoólicas antes de dirigir e até a realização de pegas em vias públicas são abordadas pelos dois especialistas.

Segundo Garonce, para cada motorista flagrado sob o efeito de álcool, pelo menos 100 outros dirigem nas mesmas condições e escapam do bafômetro. Ainda segundo ele, mais da metade das infrações no trânsito no Brasil são por excesso de velocidade.

Em depoimento emocionado enviado pelo celular, Fabricia Gouveia, que perdeu o marido e a sogra em acidente recente em Brasília, supostamente provocado por um racha entre outros veículos, promete buscar a Justiça até o fim.

Também por meio de vídeos, Renata Florentino, coordenadora-geral da ONG Rodas da Paz, comenta os direitos dos ciclistas. Uirá Lourenço, colaborador do Portal Mobilize Brasil, fala de sustentabilidade. O programa conta ainda com a opinião de populares.

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