domingo, julho 22, 2018

25 anos depois, personagens lembram noite da Chacina da Candelária.

A Chacina da Candelária completa amanhã (23) 25 anos, com uma série de atividades organizada pelo Movimento Candelária Nunca Mais! O objetivo é não deixar cair no esquecimento a violência perpetrada naquele episódio.

Na madrugada de 23 de julho de 1993, mais de 70 pessoas estavam dormindo nas proximidades da Igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro, quando policiais abriram fogo contra o grupo, matando oito jovens. A primeira pessoa a chegar ao local da chacina foi a artista plástica Yvonne Bezerra de Mello, que já desenvolvia trabalho de apoio àquele grupo de menores de rua.

Yvonne analisou que, de 1993 para cá, nada melhorou em relação à violência no Rio de Janeiro e no Brasil. “Eu diria que piorou. E o número de crianças sem atendimento algum aumentou; o número de crianças e jovens hoje na rua é enorme e a situação das comunidades piorou geometricamente desde aquela época”, avalia.

Criadora do Projeto Uerê, cuja origem remonta à Escola Sem Portas Nem Janelas, iniciada em 1980 para atender crianças e jovens em situação de rua, a artista plástica e defensora dos direitos humanos afirmou que as crianças continuam sem ter a proteção que está na lei, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), “mas que não sai do papel”.

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