O Ministério Público Federal (MPF) deu um prazo de 48 horas para que o Facebook
entregue uma relação com as 196 páginas e 87 perfis excluídos nesta
quarta-feira da rede social, sob acusação de violar as “políticas de
autenticidade” da plataforma e atuar de forma coordenada para promover a
“desinformação”.
No ofício, o procurador da República Ailton Benedito
diz que as informações são “imprescindíveis à atuação” do MPF em um
inquérito, também aberto por ele, que apura se a rede social censurou
publicações contra a exposição Queermuseu, em 2017. Por enquanto, o
Facebook não é obrigado a atender ao ofício. Em caso de negativa, o MPF
poderá recorrer à Justiça para que esta demande as informações da rede.
Nas
redes sociais, Ailton Benedito já acusou o Facebook de ser o “comando
de caça aos conservadores durante as eleições”. Procurado por VEJA antes
da mensagem do MPF, a rede social afirmou que não revelaria os nomes
das páginas e perfis excluídos, a maior parte deles ligados ao Movimento
Brasil Livre (MBL), incluindo seccionais e lideranças do grupo.
A
página principal do MBL seguiu no ar, mas outras, como as dos sites
Jornalivre e O Diário Nacional, foram excluídas. A página do movimento
Brasil 200, presidido pelo empresário Flávio Rocha, que até a semana
passada era pré-candidato à Presidência da República pelo PRB e com o
apoio do movimento, também foi atingida.
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