segunda-feira, outubro 22, 2018

Jungmann: crimes eleitorais estão sendo investigados com "celeridade".

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse, nesta segunda-feira (22), que a Polícia Federal (PF) está comprometida com a celeridade das investigações sobre a propagação de fake news (notícias falsas) durante a campanha presidencial deste ano.

Os advogados dos presidenciáveis estiveram nesta tarde no Centro Integrado de Comando e Controle das Eleições, em Brasília, que abriu hoje as atividades de monitoramento para o segundo turno.

Advogado da coligação de Fernando Haddad, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), mostrou-se preocupado com o que classificou de "fraude" no primeiro turno das eleições, ao se referir às denúncias de que empresas de marketing digital, bancadas por empresários apoiadores de Bolsonaro, estariam disseminando conteúdos pelo WhatsApp. O representante da coligação do PSL, Tiago Ayres, porém, disse que seu partido tem atuado de maneira "coerente e absolutamente regular" durante a campanha.

O ministro destacou que, para os crimes eleitorais serem investigados pela Polícia Federal, é preciso haver solicitação da Justiça Eleitoral. Daí a importância de os eleitores colaborarem enviando suspeitas e denúncias às autoridades competentes. Durante a reunião online feita com forças policiais de outros estados, Jungmann lembrou da novidade deste segundo turno, que é a possibilidade de os cidadãos registrarem possíveis irregularidades no processo de votação em tempo real.

"Da parte da Polícia Federal, há uma preocupação com a celeridade, mas é preciso ver a complexidade da denúncia e procurar sempre respeitar as normas legais e, obviamente, chegar a resultados que tenham solidez. No que diz respeito às chamadas fake news, todo cidadão que se sentir agredido por elas deve procurar a Justiça. Porém, é bom dizer que tem sido relativamente baixo essa solicitação", disse.

Nas palavras de Jungmann, o prazo para concluir as investigações é o "tempo necessário" para que elas estejam "sólidas" e para que se possa ouvir todas as pessoas envolvidas. O ministro lembrou que, de uma forma geral, muitos crimes são investigados e concluídos após a disputa eleitoral.

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