quinta-feira, outubro 25, 2018

Intelectuais temem fragilidade política em eventual governo Bolsonaro.

Intelectuais de formações diferentes, reunidos na 42ª Reunião Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), que ocorre em Caxambu (MG), mostram-se preocupados com a estabilidade democrática do país, com o andamento de políticas públicas, com o convívio e a tolerância entre as pessoas em uma eventual vitória no segundo turno do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL).

Para a historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz, que assinou manifestos em favor do candidato do PT, Fernando Haddad, “o que está em discussão é a qualidade da democracia que Bolsonaro propõe”. De acordo com a pesquisadora e professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), “Bolsonaro não tem qualquer respeito aos direitos humanos. Já disse que vai fechar as ONGs. Já disse que não vai respeitar as reservas indígenas, nem as terras de quilombolas. E tem uma atitude homofóbica”.

A especialista alerta para o empoderamento de pessoas com atitudes preconceituosas e violentas. “Que tipo de atitude política e social estamos sendo lenientes?”, questiona a historiadora que assina manifesto de apoio ao candidato petista Fernando Haddad.

A acadêmica conta que tem alunos e alunas que já estão sofrendo e se sentido acuados. “Uma aluna que mudou de gênero não usa mais WhatsApp por causa das mensagens que recebia. Outra estudante que saiu do metrô com um botton do movimento LGBT foi agredida. E há uma série de alunos negros que têm sido chamados de macacos”, relatou.

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