segunda-feira, junho 19, 2017

Rio de Janeiro registra recorde de transplante de córnea em maio.

O estado do Rio de Janeiro registrou, no mês de maio, o recorde de 96 transplantes de córnea. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2017 já são 345 procedimentos desse tipo. Em 2009, ano anterior à criação do Programa Estadual de Transplantes (PET), foram feitos 88 transplantes de córnea em unidades de saúde do estado. “É um número para ser comemorado, marca superior à anual que se fazia aqui, no estado”, disse hoje (19) o coordenador do PET, Rodrigo Sarlo.

“Estamos em um ritmo de crescimento de transplantes de córnea”, comemorou. Ele disse que 2016 foi o segundo ano consecutivo em que foram batidos recordes desses procedimentos. No ano passado foram feitos 575 transplantes. Este ano, a projeção é fechar o primeiro semestre com 370 cirurgias de córnea, alcançando mais de 700 no final de 2017.

Sarlo explicou que a córnea é considerada um tecido não vascularizado e sua captação não precisa acontecer em situação de morte encefálica exclusivamente, como ocorre com órgãos como coração, fígado e rins, entre outros, que só podem ser doados em casos de morte cerebral. As córneas podem ser doadas também em casos de morte resultantes de parada cardíaca.

Segundo o coordenador do PET, o transplante de córnea é mais eletivo. A córnea não sai do doador e vai imediatamente para o receptor. “Ela passa por um banco para processamento, análise, e é liberada alguns dias depois”. Outros órgãos, como coração, necessitam ser captados em vigência de circulação sanguínea. Para isso, a morte encefálica é fundamental.

Nenhum comentário:

Postar um comentário