segunda-feira, junho 19, 2017

PSDB pode sair do governo a qualquer momento, diz Alckmin.

Na véspera da apreciação, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do pedido de prisão do senador Aécio Neves (PSDB), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou na manhã desta segunda-feira, 19, que o partido tem que aguardar a decisão da Justiça com “confiança e serenidade” e que pode sair da base do governo de Michel Temer a qualquer momento.

Segundo Alckmin, o PSDB está acompanhando a crise dia a dia. “Podemos sair da base a qualquer momento. Sair é deixar de ter ministério, o que, aliás, eu acho completamente secundário. Quando houve o impeachment, fui contra que o PSDB ocupasse ministérios, sempre fui. Não deveria ter entrado, indicando ministros, mas a maioria decidiu”, ressaltou.

O tucano paulista voltou a dizer que agora o importante é terminar as reformas. “É o que temos defendido. A reforma trabalhista, que vai estimular emprego e diminuir a informalidade, deve estar aprovada até o final do mês. Vamos aguardar a sanção pelo presidente da República. A reforma previdenciária, logo logo vamos saber o seu destino. É mais difícil porque é uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição). E a reforma política é até setembro. Se não for feita até lá não valerá para a próxima eleição.”

De acordo com Alckmin, há três correntes diferentes dentro do partido. “Tem aqueles que querem sair imediatamente; aqueles que, assim como um casamento, é até que a morte dos separe; e a nossa posição, que é aguardar para completar as reformas, questão de 60, 90 dias. Nosso compromisso não é com o governo, mas com a retoma do emprego, o crescimento da economia e da renda da população. Se não saíssemos imediatamente, iríamos piorar a situação”, afirmou. Logo em seguida, porém, negou que estivesse dando prazo para uma eventual saída da base. “Não tem data, estamos acompanhando os fatos dia a dia, podemos sair a qualquer momento”, repetiu.

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