segunda-feira, junho 19, 2017

Em três meses, mais de 3,6 mil mulheres sofreram violência doméstica no DF.

“Não use essa roupa”, “Não quero você de conversa com homem”, “Não vá a esse lugar”, “Depois das 22h, não saia de casa”, “Se você não é minha, não vai ser de mais ninguém”. Essas são algumas frases comuns na rotina de casais que mantêm um relacionamento abusivo.

As mulheres são o principal alvo das ofensas. Só nos três primeiros meses deste ano, das 4.085 vítimas de violência doméstica, apenas 410 foram homens. Já as mulheres, são 3.675, o que representa 90% do total. Dos autores identificados, 3.360 são do sexo masculino e 347, do feminino, segundo levantamento da Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social.

O lado mais perigoso desse conflito leva ao feminicídio. Até se chegar a esse ponto, no entanto, começam a surgir alguns sinais. O sentimento de posse sobre o outro leva a pequenas agressões que, mais tarde, podem culminar em violência física.

Imposições, xingamentos, gritos e exigências são atitudes cíclicas dentro desse tipo de relação. As agressões seguem um ciclo. A fase inicial é a de tensão, onde situações que não deveriam ocorrer começam, como o desejo de controlar o cotidiano do outro.
 
A segunda fase é a da agressão — psicológica, sexual ou física. Logo depois, quando há uma esperança de que essa mulher vá sair da relação abusiva, chega a fase da reconciliação.

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