Na manhã desta quarta-feira (22), peixes da espécie tilápia foram
novamente encontrados mortos às margens da Lagoa que deu origem ao
município de Lagoa Nova,
município distante 140 quilômetros de Natal. No início de fevereiro
deste ano, em um desastre ambiental sem precedentes, milhares de peixes
também morreram. A falta de oxigênio na água, supostamente causada pela
seca, foi cogitada como responsável pelo desastre.
Segundo Gilberto Oliveira, jornalista e morador da região, desta vez a
mortandade foi em escala menor. No dia 25 de fevereiro, a Prefeitura de
Lagoa Nova informou que havia contratado a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
para analisar a água da lagoa e anunciou que o laudo apontando a causa
do desastre deveria ficar pronto em meados de março. O resultado, no
entanto, até hoje não foi divulgado.
À época, uma equipe de fiscalização do Instituto de Desenvolvimento
Sustentável e Meio Ambiente (Idema) esteve no local e assessoria do
órgão informou que as informações preliminares apontavam que a
mortandade teria sido causada por falta de oxigênio. A coordenadora de
fiscalização do Idema, Graça Azevedo, explicou que a morte dos peixes
por asfixia ocorre por processo natural, já que a seca que atinge o
município está reduzindo a quantidade de água na lagoa, que abriga
grande quantidade de peixes. “Com isso, a disputa pelo oxigênio se torna
maior, causando a morte de vários desses animais”, disse.
“Estudantes do curso técnico em Alimentos do IFRN de Currais Novos
também coletaram amostras da água para análise. O resultado e o parecer
técnico sobre a situação da Lagoa foram entregues no dia 26 de abril à
vice-prefeita Vitória Mendes e ao secretário José Luiz Neto. Entretanto,
os laudos não foram apresentados publicamente”, afirmou o jornalista.
“Tentamos entrar em contado com o secretário, mas não obtivemos nenhuma
resposta”, acrescentou.
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