O diretor da emissora da Conferência Episcopal Italiana, a TV 2000,
pediu desculpas nesta terça-feira por ter divulgado que o Papa Francisco
teria praticado um exorcismo em um jovem de cadeira de rodas após a
missa de Pentecostes no último domingo. Em nota, Dino Boffo disse sentir
muito pela TV ter alterado parcialmente a verdade dos fatos, mas
ressaltou que a notícia é “metade verdade, metade mentira”, pois só quem
pode dizer se houve um exorcismo é o próprio Pontífice.
“Eu peço desculpas por ter alterado a verdade dos fatos e às pessoas
que estavam envolvidas, principalmente ao Papa”, afirmou Boffo. “Eu não
quero atribuir a ele uma ação que não teve intenção de realizar. Ontem
autorizei a divulgação de uma notícia que era verdadeira, mas verdadeira
só em parte e em parte não verdadeira, porque o Papa não se reconhece
na palavra exorcismo.”
Boffo ainda acrescentou que “somente quem
pratica um exorcismo pode dizer se está realizando o procedimento ou se
está apenas abençoando um fiel.”
Mais cedo, o porta-voz da Santa
Sé, Federico Lombardi, assegurou que Francisco não havia realizado um
exorcismo, mas sim orado por um doente.
“O Santo Padre não teve a
intenção de realizar um exorcismo. Ele, como faz frequentemente pelas
pessoas que estão doentes, rezou por alguém que sofria”, disse Lombardi,
em nota.
De acordo com o jornal italiano “La Stampa”, o jovem que
aparece nas imagens com o Papa é um mexicano que foi à Praça de São
Pedro acompanhado pelo padre Juan Rivas, da Congregação dos Legionários
de Cristo. O rapaz já teria sido submetido a uma sessão de exorcismo
pelo padre Gabriele Amorth sem que fosse possível libertá-lo, pois se
trataria de “uma possessão diabólica violentíssima”.
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