O presidente Michel Temer disse nesta sexta-feira (21) que é "natural" a reação de setores do empresariado contra o aumento da alíquota de PIS e Cofins sobre os combustíveis, anunciado pelo governo na quinta (20).
A medida, que já está em vigor, faz parte das ações da equipe econômica
para tentar cumprir a meta fiscal do ano, um déficit de R$ 139 bilhões.
Contrária ao aumento de impostos, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo iniciou o dia com um protesto
em frente ao prédio da entidade, na Avenida Paulista. O pato inflável,
que ganhou repercussão nas manifestações contra o governo Dilma Rousseff
em 2016, foi reativado, assim como o slogan: "não vou pagar o pato".
Outros representantes da classe empresarial, como a Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e a Federação das Indústrias do
Estado do Rio de Janeiro (Firjan), também criticaram a medida do governo.
Temer foi questionado sobre a reação dos empresários após participar de
uma reunião do Mercosul em Mendoza, na Argentina. Para o presidente, o
aumento do imposto é "fundamental" para estimular o crescimento no país e
logo vai ser uma "matéria superada".
"É uma natural reação, digamos, econômica, é natural. Ninguém quer
tributo, mas, na verdade, quando todos compreenderem, eu vou repetir,
que é fundamental para incentivar o crescimento, para manter a meta
fiscal, para dar estabilidade ao país e para não enganar, não produzir
nenhum ato governativo que seja enganoso ou fantasioso para o povo, esta
matéria logo será superada. Não tenho dúvida disso", afirmou o
presidente.
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