O Papa Francisco exortou muçulmanos,
ortodoxos e católicos da Bósnia a deixar a “barbárie” da guerra para
trás e trabalhar conjuntamente para um futuro pacífico, encorajando a
reconciliação no país. Em sua visita de um dia a Sarajevo, Francisco
teve uma recepção calorosa de milhares de bósnios que o aplaudiam
durante seu percurso de carro pela cidade de maioria muçulmana. Outras
65 mil pessoas, a maioria católicos, lotaram o mesmo estádio onde o Papa
João Paulo II presidiu uma emocionante missa de reconciliação
pós-guerra, em 1997.
“Guerra nunca mais”, disse Francisco em
sua homilia, denunciando aqueles que incitam a guerra para vender armas
ou para fomentar deliberadamente tensões entre os povos de culturas
diferentes. Ele pediu aos bósnios para não apenas pregar a paz, mas
fazê-la a cada dia por meio de suas “ações, atitudes e atos de bondade,
de fraternidade, de diálogo, de misericórdia”.
Quase todos os passos da visita de
Francisco a Sarajevo foram projetados para mostrar harmonia
inter-religiosa e interétnica em uma cidade que já foi conhecida como a
“Jerusalém da Europa” para a coexistência pacífica de cristãos,
muçulmanos e judeus. A cidade, porém, tornou-se sinônimo de inimizade
religiosa durante o conflito de 1992-1995 que deixou 100 mil mortos e
desalojou metade da população.
“Todos nós precisamos de paz e de uma
mensagem do papa”, disse Alma Mehmedic, um muçulmano que esperou para
ver Francisco fora do palácio presidencial. “Eu vim para dar amor e
receber amor.”
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