Aos especiais: servidora traduz discurso de Romário para a linguagem de sinais
O Senado aprovou ontem quarta-feira (10)
em plenário o Projeto de Lei 6/2003, de autoria de Paulo Paim (PT-RS),
que em resumo institui o Estatuto do Portador de Deficiência, por meio
da Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência. A matéria foi aprovada na
semana passada, na Comissão de Direitos Humanos, na forma de relatório
apresentado pelo senador Romário (PSB-RJ) a um substitutivo elaborado na
Câmara.
Romário, que tem uma filha portadora de
Síndrome de Down, fez uma ressalva ao próprio texto relatado. Ao falar
sobre o projeto na tribuna do plenário, ele explicou que o substitutivo
poderia até ser aperfeiçoado, mas isso representaria o retorno da
proposição à Câmara para nova análise, atrasando ainda mais a concessão
dos benefícios aos deficientes.
Com mais de cem artigos, o texto tramita
há 12 anos no Congresso. Assim, lembrou Romário, durante todo esse
tempo a lei poderia estar em vigência, contemplando a população que dela
necessita – algo em torno de “50 milhões de pessoas, fora os seus
familiares”, lembrou o parlamentar fluminense.
“Esse projeto não é desse ou daquele
partido. Não importa quem foi o relator, o autor em matéria de sigla. É
um projeto do povo brasileiro, da nação brasileira. Por isso, palmas à
democracia, palmas aos 47 milhões de pessoas com deficiência e a seus
familiares”, festejou o senador, emocionado ao mencionar a filha
deficiente, Ivy.
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