O número de vítimas do vazamento de “nudes”, imagens de nudez ou sexo,
não consentido caiu na internet em 2016, segundo levantamento da ONG
Safernet Brasil, que monitora crimes e violações dos direitos humanos na
internet, em parceria com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público
(MP).
No ano passado, foram registrados 301 casos, 6,5% a menos que os 322
registrados em 2015. O dado representa uma reversão na tendência de alta
dos últimos anos. Entre 2013 e 2014, o número de vítimas dobrou a cada
ano.
Os dados serão divulgados nesta terça-feira (7), Dia da Internet Segura, celebrado em mais 100 países.
"É difícil a gente conseguir detectar causas, mas é possível que por
exemplo hoje você ter uma legislação, o Marco Civil da Internet, possa
ter reduzido [as queixas]", afirma Juliana Cunha, da Safernet.
"O fato de poder responsabilizar empresas faz com que elas ofereçam
ferramentas para remoção, Google e Facebook já tem isso. talvez isso faz
com que as empresas não mantenham isso [nudes] tanto tempo na rede",
comenta. "Mas ainda há muitas imagens circulando, principalmente em
aplicativos [de mensagem]."
Se o número de casos de exposição íntima caiu, o de cyberbullying
cresceu em 2016. Chegou a 312, 17% superior aos 265 registrados em 2015.
Considerando outras vítimas de abusos online, como racismo, a Safernet
registrou 1.825 casos de agressões na internet no passado. O
levantamento inclui apenas as vítimas que procuraram a ONG. Problemas
com dados pessoais e casos de discurso de ódio estão, ao lado do
cyberbullying e do compartilhamento não autorizado de conteúdo íntimo,
entre os principais casos de reclamação. Via g1.
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