sexta-feira, dezembro 07, 2012

Reféns viveram horas de terror e violência dentro de fábrica de Parnamirim.

Funcionários da fábrica de açaí do Joca Jr viveram horas de terror nesta sexta-feira (7). Por volta das 11h cinco bandidos invadiram a fábrica, em Parnamirim, anunciando assalto. Se dirigiram direto ao departamento financeiro e, de forma violenta, cobraram o dinheiro do comércio. Coronhadas, chutes e ameaças de morte perduraram por quase três horas. Uma das vítimas contou que alguns dos 11 empregados da fábrica rezavam, enquanto outros se despediam dos companheiros, já prevendo o pior. Dois deles se esconderam na câmara fria da fábrica e ficaram lá por mais de duas horas (um deles foi acometido de princípio de hipotemia), enquanto outros dois, no banheiro.

"Um deles pedia para atirar na gente, outro queria ir embora porque já estavam muito tempo ali, enquanto o mais violento insistia pelo dinheiro, dizendo que sabia que ali tinha muito dinheiro. E tome chute e coronhada na cabeça. Eles estavam muito nervosos", conta ainda assustado o diretor financeiro, Marcos Dionísio, 49. Outros dois funcionários também sofreram a mesma violência. Após horas de terror, dois funcionários conseguiram fugir e acionaram a Polícia pouco antes de os bandidos decidirem ir embora. A Força Tática da Polícia Militar chegou na hora que eles os cinco bandidos iram sair com dois reféns na mira das armas de fogo, por precaução.

"Invadimos o local e atiramos para assustar. Eles soltaram os dois reféns, recuaram e fizeram os outros de reféns", disse o autor dos disparos, o soldado da Força Tática, Anderson Alexandre. Depois foi iniciada a negociação, comandada pelo major Trigueiro, do Bope. Os bandidos exigiram advogado e a presença das esposas. Representantes da OAB/RN foram ao local. Após mais de uma hora de negociação, os nove funcionários foram libertados, entre eles, uma mulher. Pelo menos dois deles saíram em estado de choque. O Samu chegou ao local para tratar dos dois rapazes escondidos na câmara fria. Apenas um deles apresentou princípio de hipotemia.

Deodoro de Souza Fonseca, 31, foi um deles. "Quando os bandidos invadiram corremos pra Câmara fria e ficamos escondidos entre os sacos de açaí. Lá pras tantas um dos bandidos foi à porta e perguntou se tinha alguém ali, mas não respondemos. Depois de um tempo, meu amigo, talvez por ser mais magro, começou a tremer com o frio; seu lábio ficou roxo, as pernas tremendo; já estava congelando. Mas pouco depois a polícia chegou", contou Deodoro.

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