A morte do adolescente mineiro Gabriel Camargos, de 14 anos, em Guarapari, no Espírito Santo, pode ter sido uma "fatalidade". A tese de que a queda foi um acidente é a principal linha de investigação da polícia capixaba, segundo o delegado Luiz Carlos Pascoal, responsável pelo inquérito.
Recém-chegado ao caso — ele assumiu as investigações durante as
férias de Robson Damasceno, a partir desta segunda-feira (18) — Pascoal é
cauteloso e prefere não descartar as hipóteses de suicídio e de que o
adolescente tenha sido jogado do prédio por alguém. Conforme o delegado,
apenas após a conclusão dos laudos é que será possível ter certeza do
que causou a morte do garoto, que desapareceu na sexta-feira (8), e só
foi reconhecido no IML de Vitória no domingo de Carnaval (10).
— Tudo leva a crer que foi um acidente. Os parentes e as pessoas
vizinhas que tiveram alguma informação sobre o fato acham que ele foi
tentar passar no vão da janela, talvez pensando que pudesse atingir a
cozinha do apartamento onde ele estava realmente hospedado.
A suspeita do delegado ganha força com base no laudo que mostrou que o jovem havia bebido muito antes de desaparecer. O exame de alcoolemia apontou que Camargos tinha 13,5 dg/L de álcool no sangue, o que pode causar "excitação e confusão".
Ao todo, a Polícia Civil (PC) ouviu seis testemunhas. O homem que
abriu a porta do prédio, considerado como testemunha-chave no processo,
enviou um fax à delegacia onde relata toda a história. Ainda não está
descartada a possibilidade de que ele seja ouvido através de uma carta
precatória em uma delegacia da Grande BH.
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