Na manhã desta terça-feira (20), cerca de
300 servidores da saúde do estado do Rio Grande do Norte se reuniram no
auditório do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) para avaliar a
greve que completou 100 dias no dia de hoje. Após discussão da
categoria, os servidores decidiram em ampla maioria encerrar a
paralisação.
Esses cem dias foram marcados por
acampamentos, ocupação na Secretaria de Planejamento (Seplan), na
Assembleia Legislativa, atos, manifestações e de grandes enfrentamentos
em defesa do salário em dia e de um calendário de pagamento.
Em meio à luta pelo salário em dia, os
servidores foram surpreendidos com um pacote de ajuste fiscal do
governador Robinson Faria (PSD), enviado em regime de urgência à
Assembleia Legislativa do RN. Esse pacote sofreu uma dura resistência
dos servidores públicos do estado, em especial às duas categorias que
estavam em greve: a saúde e a UERN. E dois dos principais projetos foram
derrotados. O da extinção dos adicionais por tempo de serviço (ADTS) e o
que acabava com a paridade (igualdade) entre ativos, aposentados e
pensionistas.
Após muitos dias de luta, os salários dos
servidores da ativa estão regularizados. Durante a assembleia,
pontuou-se que o governo ainda falta pagar o 13º salário e colocar em
dia o pagamento dos aposentados e pensionistas, onde o salário de quem
ganha acima de R$ 4 mil não foi finalizado.
Os servidores ainda aprovaram a
construção do dia 8 de março (Dia Internacional de Luta das Mulheres) e
uma nova assembleia para o dia 16 de março.
Para o Sindsaúde-RN, a greve foi uma
demonstração de luta e resistência dos servidores da saúde que estavam
apenas buscando o que é de direito: receber o salário em dia.
“Encerrar a greve não significa que a
luta acabou. Nós vamos continuar lutando em defesa dos nossos direitos,
em defesa dos aposentados que estão com os salários atrasados e por
melhores condições de trabalho na saúde desse Estado”, disse Manoel
Egídio, Coordenador-geral do Sindsaúde-RN.
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