sexta-feira, novembro 30, 2018

Dentista que matava concorrentes em série é preso após 4 anos de investigações.

O dentista Flávio do Nascimento Graça, de 39 anos, suspeito de ser responsável pelas mortes de três pessoas ligadas a uma clínica dentária de Santos, no litoral de São Paulo, foi preso na manhã desta quinta-feira (29). A motivação dos crimes foi vingança, já que o profissional não aceitava a concorrência de outro consultório odontológico na mesma rua, situação que teria levado o dentista à falência. O homem, considerado ‘serial killer’ pela polícia, estava foragido e tinha a prisão temporária decretada há quatro anos.

De acordo com as investigações da polícia, o ‘serial killer’ matou três irmãos proprietários da Clínica Americana: Agilson Corrêa de Carvalho, Aldacy Correa de Carvalho e Arnaldo Correa de Carvalho. As vítimas foram mortas a tiros por vingança pois o dentista mantinha duas clínicas no Centro de São Vicente quando, em meados de 2007, os irmãos abriram um consultório ao lado e acabou ficando com a clientela de Fábio, que veio a falir. Segundo o depoimento de uma ex-funcionária de Flávio na época, ele sequer assistia canais que divulgavam comerciais da clínica dentária ‘rival’. Segundo apurado pelo G1, Flávio foi preso em Santos e se encontra nas dependências da Delegacia Especializada Antissequestro (Deas) da cidade. A localização do dentista ocorreu após um ‘longo e paciente’ trabalho de monitoramento não só do acusado, como também de pessoas que eram ligadas a ele.

Com a prisão preventiva decretada, o dentista era considerado o procurado da Justiça número 1 no litoral de São Paulo, pela quantidade dos crimes em série cometidos e também em razão da sua aparente frieza na execução dos ataques às vítimas. A captura do ‘maníaco da peruca’, como o acusado ficou conhecido, fecha a investigação iniciada na madrugada de 23 de dezembro de 2014, data do primeiro crime.
Investigações
 
As suspeitas sobre Flávio aumentaram após o terceiro crime, onde uma funcionária da clínica foi baleada. Os policiais ouviram depoimentos de colegas de faculdade do dentista, que reconheceram ele por meio das câmeras de monitoramento.
 
Durante as investigações, a polícia detectou que após os crimes, o dentista apagava as pistas. No final de 2015, o suspeito apagou todos os seus registros, como contas bancárias e e-mails. Ele também tentou suspender seu registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO), mas não conseguiu pois tinha débitos com a entidade.

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