Ao menos 800 detentos com alguma deficiência deveriam estar em clínicas
ou hospitais de custódia. Em São Luís (MA), doentes mentais são mantidos
presos sem tratamento.
Num buraco ao lado de uma criação de porcos, da tubulação de esgoto e
do resto da comida servida na Casa de Detenção (Cadet), Cola na Cola
passa as noites e cumpre sua pena. José Antônio dos Santos não admite
mais ser chamado pelo nome, refuta pai e mãe, veste-se com roupas
femininas e se considera mulher. Só atende pela alcunha Cola na Cola,
uma expressão que ninguém sabe explicar de onde surgiu.
— Fui eu que mandei fazer essa cadeia. E não estou preso. Fico aqui pelo chamado para acabar com a corrupção — diz ele.
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