A
presidente do Brasil, Dilma Rousseff, revelou na noite desta quinta-feira, em
Buenos Aires, que confia em um acordo entre a Vale e o governo argentino em
torno do megaprojeto de extração de potássio no território argentino. “Temos a
firme convicção de que a Vale encontrará o melhor caminho possível para chegar
a um acordo com a Argentina”, disse Dilma no Salão Sul da Casa Rosada, sede do
governo argentino.
A mineradora Vale confirmou diante de uma comissão do Congresso argentino, em 9 de abril passado, o abandono do projeto Rio Colorado, de extração e transporte de potássio, um insumo-chave para a indústria de agroquímicos. Segundo a Vale, a decisão foi tomada diante da elevação do custo previsto, que passou de 6 bilhões para 12 bilhões de dólares.
Dilma e a
presidente Cristina Kirchner concederam uma entrevista coletiva ao final de uma
extensa jornada de oito horas de reuniões. As duas líderes não informaram
o conteúdo das reuniões, que incluíram vários ministros, e também não citaram
qualquer progresso nas negociações com a Vale, mas Kirchner disse que “os
quadros técnicos de ambos países vão prosseguir trabalhando na terça-feira, em
Montevidéu, após a reunião do Mercosul, para terminar de acertar alguns
pontos”. ”Estamos contentes”, disse Kirchner, sem dar detalhes.
Dilma não
fez menção à preocupação de Brasília com a queda de 20% em 2012 das exportações
brasileiras para a Argentina, mas destacou “a importância dos investimentos
recíprocos entre Brasil e Argentina e a importância de se ampliar o comércio,
os investimentos e os fluxos financeiros”.
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