O Papa Francisco criticou nesta segunda-feira (27) a cultura do
"conforto" e do "provisório", alfinetando os casais católicos que
desejam apenas um filho para poder continuar a "viajar de férias" ou
"comprar uma casa".
"Quantos casais se casam e pensam em seu coração, sem ousar dizer:
'enquanto houver amor e, então, veremos depois'", observou Francisco
durante a missa matinal.
O Papa se colocou no lugar de um pai católico de hoje: Não, eu não
quero mais um filho, porque não poderemos viajar de férias, não
poderemos ir a tal lugar, não poderemos comprar uma casa! (...) Nós
queremos seguir o Senhor, mas até certo ponto".
"O bem-estar nos anestesia, nos faz mergulhar, nos tira a coragem de ir
até Jesus. É a principal riqueza da cultura de hoje, a cultura do
bem-estar", lamentou.
O Papa, que co-celebrou a missa com o cardeal Philippe Barbarin,
arcebispo de Lyon, na capela da Casa Santa Marta, onde reside, falou de
um "fascínio pelo provisório".
Francisco retomou fielmente, mas em termos concretos que podem estar na
mente das pessoas, temas que seu antecessor Bento XVI expunha em termos
abstratos: casamento concebido como temporário, medo de compromisso,
preguiça e recusa de abandonar seu conforto pessoal.
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