O decreto que garante os descontos na conta de luz foi publicado na
quarta-feira (29), em edição extra do "Diário Oficial da União". O
dispositivo foi a maneira encontrada pelo governo federal para manter os
abatimentos previstos na medida provisória 605, que não foi votada pelo Senado e perde a validade no dia 3 de junho. A redução da tarifa de energia elétrica foi anunciada em setembro do ano passado pela presidente Dilma Rousseff.
Em entrevista na quarta,
o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, explicou que o decreto
presidencial possibilita à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
autorizar à Eletrobras o uso dos recursos da Conta de Desenvolvimento
Energético (CDE) para que sejam enviados às distribuidoras de energia
elétrica. O adiantamento envolverá um total de R$ 2,8 bilhões, segundo
ele, e também contemplará repasses que usinas térmicas teriam a receber
entre junho e dezembro deste ano.
No início da semana, a MP que garantia os descontos foi aprovada na Câmara,
mas o Senado não votou o texto. O presidente da Casa, Renan Calheiros
(PMDB-AL), afirmou que os senadores não vão mais analisar matérias que
cheguem ao Senado menos de sete dias antes de perderem a validade, como
era o caso da MP 605.
A estratégia do governo para substituir a medida provisória foi incluir
os dispositivos dela em outra MP que tramita no Congresso, a 609, que
trata da cesta básica. Enquanto a nova MP não é aprovada, o decreto que
possibilita o adiantamento dos repasses serve para manter os descontos
na energia elétrica.
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