segunda-feira, janeiro 06, 2014

SUS amplia uso de medicamentos para tratamento de lifoma.

O Brasil registra cerca de 10 mil casos da doença por ano, segundo o Inca

Pacientes de linfoma não Hodgkin de células B folicular terão a partir deste ano a opção terapêutica do anticorpo monoclonal rituximabe pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em primeira e segunda linha (quando a doença resiste ou retorna após o primeiro tratamento com outro medicamento)

O Ministério da Saúde ampliou o uso desse medicamento, que antes era garantido apenas para o tratamento do tipo mais agressivo da doença (linfoma difuso de grandes células B), que corresponde a 30% de todos os linfomas. O rituximabe é utilizado durante a quimioterapia porque destrói as células defeituosas e aumenta a sobrevida dos pacientes. A doença provoca a multiplicação e o acúmulo de linfócitos, principalmente nos gânglios linfáticos, causando dores, inchaços e febre.

A medida vai beneficiar cerca de 1,5 mil pessoas e o custo anual na compra do medicamento alcançará R$ 28 milhões, com redução de R$ 10,9 milhões na aquisição do produto, após negociação do governo com o fabricante.

O diretor da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Carlos Sérgio Chiattone, comemorou a inciativa, mas lamentou a demora na introdução do medicamento. “Acho meritório que o governo tenha introduzido o medicamento no SUS, mas o rituximabe, que é uma droga muito eficaz, é utilizado há mais de uma década para a expressiva maioria dos linfomas em vários países”, disse o médico, ao comentar a Portaria 63, publicada no Diário Oficial da União de 30 de dezembro passado, que incorpora o medicamento ao SUS.

“Além disso, há ainda um período de 180 dias a partir da publicação da medida [para que entre em vigor], fora todo o tempo demandado para o SUS garantir e disponibilizar a tecnologia para a população”, lamentou. O prazo de 180 dias é necessário para o Ministério da Saúde definir a forma de compra do produto, que pode ser centralizado, sob responsabilidade do governo federal ou descentralizado, com subsídios a estados e municípios.

Nenhum comentário:

Postar um comentário