A promotora Alessandra Garcia Marques, do
Ministério Público do Acre, ficou surpresa com o fato de o Botafogo ter
anunciado um contrato de patrocínio com a Telexfree - empresa que ela
denunciou, sob acusação de fazer esquema de pirâmide financeira. A Telexfree
foi condenada no Acre, e os bens de seus sócios estão indisponíveis no
Brasil.
- É incrível, isso é uma vergonha, isso só
acontece no Brasil - afirmou a promotora ao blog, por telefone. - Os bens dos
sócios e dos principais executivos já foram tornados indisponíveis no Brasil.
Soube por um vídeo que o contrato foi assinado nos EUA, mas se aparecerem mais
bens lá, a Justiça do Brasil pode tentar tomar o que estiver em nome deles.
Porque existe mais de um milhão de pessoas a serem ressarcidas no Brasil. E
isso é uma decisão. Agora é com o Poder Judiciário.
Os réus na ação que corre no Acre são os mesmos
que aparecem no vídeo divulgado pelo clube, em que aparecem assinando contrato
e recebendo camisas do Botafogo com seus nomes nas costas.
A juíza Thaís Kalil, titular da segunda vara
cível de Rio Branco, não quis dar entrevista sobre a parceria firmada entre
Botafogo e Telexfree. Thaís é a juíza responsável pela decisão que bloqueou
todas as atividades da empresa e pela indisponibilidade dos bens de seu sócios
- o que impede a Telexfree de atuar no Brasil.
- Soube do acordo com o Botafogo pela mídia. A
Telexfree americana não faz parte do processo, então não tenho como analisar.
O contrato de patrocínio com o Botafogo não muda
em nada a decisão de manter a empresa proibida de funcionar no Brasil.
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