Se você não ronca, com certeza conhece
alguém que sim. Causa comum na população mundial, o ronco pode ter
várias causas, sendo as principais a obstrução nasal, a obesidade, o
alcoolismo, o tabagismo e as alterações anatômicas na garganta.
Segundo Levon Mekhitarian Neto, membro
da Sociedade Panamericana de Otorrinolaringologia e especialista
brasileiro no tratamento dos distúrbios respiratórios do sono, esses
fatores que causam o ronco podem acontecer isolados ou associados.
“O ronco em si não tem um caráter perigoso, diria apenas que é um alerta para algo mais grave, pois pode estar associado à apneia do sono”,
explica Neto. A apneia é o que acontece quando a pessoa literalmente
para de respirar durante o sono, durante alguns segundos.
Mas o ronco não atinge só a população
adulta. Algumas crianças já roncam com os mesmos decibéis de gente
grande. Neto explica que a causa mais comum é o aumento das amídalas ou
das adenoides, popularmente conhecidas por ‘carne esponjosa’. “Não deve
ser descartado também a obesidade muito comum em crianças nos dias de
hoje”, explica. O perigo está na ocorrência da apneia, que altera o sono
e traz sérios prejuízos no crescimento e desenvolvimento da criança.
“Nessa caso, a retirada das amídalas e da adenoide resolve plenamente o problema.”
Para aquelas pessoas que passam a roncar
ao longo dos anos, Neto explica que pode ser que haja alguma alteração
nos hábitos que levem a isso, como o aumento acentuado de peso. “Além
disso, pode haver uma alteração na anatomia da via aérea, como um trauma
nasal ou aumento das amídalas”, explica, ressaltando que a consulta com
um especialista é muito importante.
O médico avaliará o real motivo do ronco
e procurará corrigir as causas. “Não se pode pensar em um tratamento
para o ronco sem pensar no caráter multifatorial da condição”, conclui o
médico.
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