O Cristo Redentor foi iluminado de verde para chamar atenção para o
glaucoma, considerada uma doença silenciosa e em muitos casos, quando
diagnosticada, já não pode livrar o paciente da cegueira. Foi o que
aconteceu com Lourdes Gisele Carbo Monteiro. Ela tem 52 anos e começou
a ter os primeiros sinais da doença com apenas três meses de idade. Por
causa da falta de informação da família ficou cega.
“Eu chorava muito, não sabia falar e
quando a minha mãe descobriu já era tarde. Eu perdi a visão com três
meses. Quando cheguei aos cinco anos eu via um pouco de claridade, mas
isso parou e a partir daí não via mais, nem a claridade. Catarata tem
cura. Se eu tivesse catarata eu teria cura, com o glaucoma, não”, disse a
peruana que mora no Sodalício Sacra Família, na Tijuca, zona norte do
Rio. A entidade, administrada pelas Irmãs de Nossa Senhora da Glória do
Recife – Pernambuco, ampara mulheres com deficiência visual e cegas
entregues à mendicância e em situação de vulnerabilidade social e
familiar.
Lourdes participou da cerimônia para
marcar o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma e fez parte de um coral
acompanhado da cantora Eliana Pittman. Além da nova iluminação do
Cristo, foi celebrada uma missa na Capela de Nossa Senhora Aparecida,
que fica na base do santuário localizado no alto do Corcovado, na zona
sul do Rio de Janeiro.
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