A Polícia Federal deflagrou hoje (27) a segunda fase da Operação
Descarte para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro e sonegação
fiscal em São Paulo. Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva
e nove de busca e apreensão em endereços na capital paulista e São
Carlos, no interior.
A investigação é um desdobramento da ação realizada em março quando
foram identificadas diversas empresas de fachada que simulavam venda de
produtos e serviços para lavar dinheiro. Os recursos eram distribuídos
por contas no Brasil e no exterior ou sacado em espécie. Segundo a PF,
há indícios que o esquema era uma forma tanto de escapar de impostos
como de pagar propina a agentes públicos.
A polícia chegou ao esquema após a fiscalização de duas empresas que
fizeram transações com os doleiros Alberto Youssef e Leonardo Meireles,
investigados na Operação Lava Jato.
De acordo com o inquérito, um escritório de advocacia continuava
controlando as empresas de fachada e mantendo as fraudes, mesmo depois
da deflagração da primeira fase da operação.
A Receita Federal já identificou a sonegação de R$ 80 milhões pelas
fraudes. Segundo a PF, a Justiça atendeu o pedido para bloquear R$ 12
milhões dos investigados. Entre os suspeitos está um servidor público.
As investigações apontam que ele teria usado o esquema para lavar
dinheiro de corrupção, recebido por facilitar a sonegação de impostos.
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